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nada volta... 07/04/2010 |
Autor(a):
JOSEMIR TADEU DE SOUZA |
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nada volta...
Parece que não me sinto...
acarrado, não permito que fluam
desejos e almejos,
como os das janelas dos trens.
Um Pierrot que chora...
um carnaval que inexiste,
uma colombina que foi embora.
Um sonho que já não persiste.
Voltar ao passado
como réu confesso,
é dar-se acarrancado...
é entregar-se possesso.
O trem, que hoje me leva,
proporciona-me uma viagem entre criaturas,
que o tempo carrega
por paisagens turvas e escuras.
Na estação onde ele parava
cresceram arbustos robustos,
ramas mil de egolatria encravada...
forte egoncetrismo, que água qualquer
não lava.
No alto de meu mirante,
um altruísmo egóico...
cansei de divagar pelos febris instantes.
Chafurdei-me em lamaçal fóbico.
Mas como tudo decorre
do que corre e escorre,
de nossos momentos mais vividos,
ávido procuro por tempos idos,
sabedor de que eles jamais
poderão ser revividos
Publicado no site: O Melhor da Web em 07/04/2010 Código do Texto: 53076
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